Os animais também podem sofrer de epilepsia. Ela é causada por uma descarga elétrica no cérebro que faz com que o animal fique momentaneamente, sem coordenação ou movimentos voluntários. A epilepsia pode ser de origem genética ou adquirida. Teoricamente, a epilepsia de origem genética aparece no animal jovem até 3 anos de idade. Mas isto não é regra geral. A epilepsia adquirida pode ocorrer como seqüela de cinomose, traumatismos cranianos (acidentes, pancadas).
Independente da sua origem, os ataques (convulsões) podem ter graus variados. Podem ser leves, com o cão apenas salivando (babando) com movimentos desordenados de cabeça, até um ataque com sinais mais evidentes. O cão cai no chão (geralmente de lado), saliva, movimenta as pernas como se estivesse pedalando ou tentando se levantar. O ataque pode levar de segundos a alguns minutos. Podem ocorrer ataques isolados, de causa desconhecida.
O animal deve ficar em observação após um primeiro episódio e só será medicado no caso da convulsão ser muito violenta. Mas normalmente ele será observado, e se o ataque se repetir em um curto espaço de tempo, o cão deverá ser medicado com anticonvulsivantes. Isto porque cada ataque irá gerar um outro ainda mais violento, e por um tempo mais prolongado, devido à lesão em áreas cerebrais. Por esse motivo, o cão epilético deverá tomar medicações indefinidamente.
Ter um cão epilético não é um fato raro. Devemos evitar o cruzamento de animais com essa anomalia, para que não haja uma perpetuação da doença. O cão epilético, embora tenha que tomar medicamentos por toda vida, é um cão que pode ter existência próxima ao normal. Alguns anticonvulsivantes podem causar um pouco de sonolência ao animal, mas não deve interferir em suas atividades. Os donos apenas devem ter cuidado com residências com piscina, pois não são raros os casos de cães que, ao sofrerem um ataque, caem dentro delas e morrem afogados.
A epilepsia tanto nos humanos como nos animais é uma doença não transmissível ao homem e nem a outros cães.
Fonte: Web animal