Animais também podem desenvolver hipertensão arterial e necessitarem de cuidados especiais, assim como humanos. Existem alterações nas pressões sistólicas e diastólicas em animais que caracterizam dois tipos da doença. A hipertensão arterial essencial ou primária é a mais frequente em humanos, sendo observada em 90 a 95% dos casos, diferente dos animais, que estima-se que não seja a mais ocorrida, porém, devido a falta de equipamentos de mensuração em clínicas veterinárias não se sabe ao certo, e esta não tem sua causa definida.
Já a secundária, algumas vezes pode ser curada e até mesmo revertida, se diagnosticada precocemente.
A enfermidade afeta de 1 a 2% dos cães, porém, por falta de diagnóstico, poucos casos são relatados, o que faz a doença assustar tanto os proprietários de cães e gatos hipertensos, pois mesmo estando acostumados com essa nomenclatura em humanos, muitos não imaginam que também pode afetar seu animal.
Não há fator determinante, mas algumas características já foram cientificamente comprovadas. Cães castrados são menos propensos a desenvolver a doença, assim como fêmeas e cães de grande porte, por apresentarem pressão arterial normalmente mais baixa à dos de pequeno porte, com exceção dos cães de caça.
E como a maioria das doenças relacionadas ao mal funcionamento do organismo, animais idosos são também mais predispostos que animais jovens. Além de sintomas imediatos quando há um aumento na pressão arterial, a falta de controle, ou seja, quando a mesma permanece alta por um extenso período de tempo, pode levar a consequências drásticas, como lesionar alguns órgãos, dentre eles os mais afetados são os olhos, rins, sistema nervoso e o próprio coração.
Para evitar crises inesperadas, a mensuração deve ser feita periodicamente se possível, além de alguns cuidados especiais.
Um animal hipertenso não precisa ser tratado como um animal doente o tempo todo, muito pelo contrário, devem ser tomados cuidados, como já dito, porém, enquanto sua pressão estiver sob controle ele deve brincar como os outros, uma vez que possuem um sentido muito apurado e se é passado pra eles que estão debilitados, isso pode surtir efeito contrário ao tratamento. As principais providências a serem tomadas devem ser:
- Oferecer uma ração de qualidade ou até uma específica indicada pelo seu veterinário se o mesmo julgar necessário.
- Evitar exagero em petiscos e apesar de não ser indicado grandes esforços físicos.
- Leva-lo para se exercitar pelo menos três vezes por semana é indispensável.
- O controle através de medicamentos só é usado com prescrição do Médico Veterinário diante de sua avaliação do animal.
Fonte: Renalvet